Vivemos um período inusitado para uma família dos tempos modernos.
Estamos praticamente sem televisores em casa.Uma onda
repetina e
seqüencial de quebradeira atingiu os aparelhos da família. Algo similar à entrada e à ocupação das tropas russas em
Pristina, Kosovo. Ninguém esperava, súbita e fatalista.
Não obstante a sensação inicial de desvalida e desconsolo, com o passar das noites fomos observado os benefícios resultados dos indesejáveis
enguiços. Ficamos até espantados com tantos benefícios...o tempo de conversa familiar aumentou; o piano (relíquia de família) voltou à
ativa. E como...; intensificou-se a leitura de livros, individuais e em conjunto; jantares mais serenos, participativos e
conversativos; e, pelo menos uma vez por semana,
reunimonos para rezar juntos. A despeito dos constantes
shows de música e dança encenados pela
caçula, o nível do volume de som geral baixou, em tempos de carência de silêncio e excesso de ruído.
Se a falta da televisão apresentou-nos mais vantagens do que desvantagens, o que tem sido deficiente na televisão?
Primeiramente, o televisor é utilizado como "maquina de fazer silêncio".
Não silêncio ambiente, ao contrário, os níveis de som são altíssimos, principalmente quando entram os comerciais.Porém, o silêncio entre as outras pessoas presentes. Sentados à volta da
telinha luminosa (que já não é tão pequenina assim...), quando
algyém esboça um comentário qualquer recebe, quase imediatamente: "Espera! Deixa eu ouvir! Quando não ocorre até o reprovável " Cala a boca!".